Condicionador e Shampoo 🧴
NewZ da NAZA — Vol. 107
No começo deste ano, resolvi cortar o cabelo depois de muitos anos sem tirar nem mesmo as pontinhas. Como boa leonina, sempre fui apegada à minha juba.
Fui em um especialista em cachos, que me orientou a lavar o cabelo começando pelo condicionador. A explicação que ele deu parecia fazer sentido — algo relacionado a leveza — então resolvi aderir a sugestão e inverter a ordem tradicional.
O que eu não sabia, é que seria tão difícil mudar um costume de décadas. Nas primeiras semanas, não lembrei nenhuma vez de deixar o shampoo para o final. Uma vez ou outra me recordei, mas só quando já estava desligando o registro.
Ultimamente, tenho buscado fazer as coisas com mais presença. É difícil para mim, mas tento apenas tomar banho; sentir a água cair, tocar o meu corpo etc. Assim, um dia lembrei de começar o banho condicionando os cachos. Lembrei de novo, e de novo, até que ontem percebi que a ordem reversa virou o meu novo normal.
Podemos até demorar, mas sempre é tempo para mudar, até quando se trata de hábitos que vêm da raiz.
Com amor,
Paula
Stop Making Sense 🎬
Na Agenda da NAZA de setembro, destaquei o longa do Talking Heads Stop Making Sense. Assisti o filme-concerto nas telonas, e curti demais; foi como se eu estivesse no show no Pantages Theater de Hollywood em 1983, mas com a vantagem de poder ver os músicos bem de pertinho. Observar o remelexo do David Byrne e sua trupe — Tina Weymouth, Chris Frantz e Jerry Harrison, além de Bernie Worrell, Alex Weir, Steve Scales, Lynn Mabry e Edna Holt — foi quase tão bom quanto assistir ao show ao vivo. Recomendo muito, e acho imprescindível ver no cinema; dirigido por Jonathan Demme (O silêncio dos inocentes e Filadélfia) a convite de David Byrne, Stop Making Sense foi restaurado em 4K garantindo uma excelente qualidade de som e imagem.
Quero maiZ: falando em música, tenho acompanhado o lançamento de Misteriosa, novo álbum de Nando Reis. Foi o primeiro que ele produziu sóbrio. Achei bonita esta entrevista que ele deu no ano passado para a revista Piauí, falando de sua luta contra as drogas. Corajoso!
Giro de Podcasts 🎙
Ouvi dois podcasts excelentes esta semana:
Why Your Brain Turns the Miraculous Into The Mundane - And How to Fix it with Maria Popova (10% Happier with Dan Harris): nesse episódio, o Dan Harris conversa com a Maria Popova, criadora da newsletter The Marginalian. Ela conta como lida com as incertezas da vida — livros e meditação são imprescindíveis — e divide suas visões de mundo. Anotei varias frases, como esta que ela citou do James Baldwin:
![You think your pain and your heartbreak are unprecedented in the history of the world, but then you read." –James Baldwin [698x540] : r/QuotesPorn](https://substackcdn.com/image/fetch/$s_!cUrz!,f_auto,q_auto:good,fl_progressive:steep/https%3A%2F%2Fsubstack-post-media.s3.amazonaws.com%2Fpublic%2Fimages%2F3e74ff38-7432-4a95-ada0-508609c7c5ae_698x540.png "You think your pain and your heartbreak are unprecedented in the history of the world, but then you read.\" –James Baldwin [698x540] : r/QuotesPorn")
O Papel do Ciúmes no Amor Contemporâneo com Mariana Ribeiro (Bom dia, Obvious): monogamia, poliamor, relação livre, relacionamento aberto…são apenas alguns dos termos usados para descrever os diferentes formatos de relações que existem hoje em dia (ou será que sempre foi assim?). Nesse episódio, a psicanalista Mariana Ribeiro falou sobre as relações contemporâneas, de forma extremamente honesta. Mandei o episódio para uma amiga que fez um pequeno resumo dos pontos que ela mais gostou. Replico aqui:
Sustentar que o outro não é o que idealizamos, e que nós também não somos;
Legalizar a falta - nenhuma pessoa vai dar tudo que a gente precisa;
Quando surgir o ciúmes ou uma curiosidade quanto ao desejo do outro, lembrar que nós também desejamos;
Celebrar a sua liberdade é aprender a lidar que o outro tenha a dele;
Faça dates com seus amigos;
O que mais além da exclusividade pode nos fazer sentir amado? A singularidade pode ser uma resposta.
Giro de Restaurantes 🍽
Esta semana revistei três espaços que estão entre os meus favoritos da cidade:
Chou: ocupando a mesma casa há 15 anos, o restaurante da Chef Gabriela Barretto já pode ser considerado um clássico da cidade. Já fui ao Chou com amigos, família, dates, mas sempre no jantar. No último final de semana, fui pela primeira vez no almoço, e tive uma experiencia tão boa quanto as anteriores; o jardim também é lindo à luz do dia, e o cardápio é o mesmo. Falando na comida, o único problema é que estavamos apenas em dois, então não consegui provar todos os pratos como eu gostaria; terei que voltar em breve!
Teus: a última vez que fui ao Teus tinha sido antes da pandemia. Recentemente acabei frequentando mais o vizinho Votre, brasserie francesa dos mesmos sócios. Voltei à casa original e tive uma ótima surpresa; não lembrava que a comida era tão gostosa. Começamos com um carpaccio de tomates, um crudo de atum, um camarão com straciatella e uma porção de humus para comer com endívias. Como prato principal, pedimos o polvo que veio acompanhado de batatas. Todos os pratos, sem exceção, estavam deliciosos!
Elevado Conselheiro: o que mais me surpreende do Elevado Conselheiro é que ele consegue acertar em vários quesitos; comida, vinhos, drinks, música e serviço. É raro um lugar ser bom em tantas frentes; normalmente uma é sacrificada, o que definitivamente não é o caso aqui. Para voltar sempre!
Agenda da NAZA 🚀
Sabia que temos um guia cultural com tudo que tem de mais legal acontecendo na cidade? No post abaixo, demos um gostinho de alguns programas que tem na nossa Agenda. Para acessar o guia completo e apoiar o nosso trabalho clique aqui.
Adorei Paula, a presença é tudo, né?!
E que tal colocar o condicionador antes? Fez diferença? Pelo jeito você aprovou! 😊💕💕
Amo Elevado Conselheiro!