Nunca tinha feito a associação do nome Kindle com o significado da palavra homônima. Em inglês, “kindle” significa “acender um fogo", mas também quer dizer “despertar" ou “inspirar". De repente, achei completamente genial o nome do produto; de fato, não tem nada como um bom livro para nos estimular em qualquer área da vida.
Ultimamente, tenho me percebido muito "kindled". Me sinto acesa, desperta, inspirada…cheia de vontade de viver. Tenho achado a vida um barato e estou curtindo muito essa fase.
Dito isso, há não muito tempo, desabafei aqui como estava cansada, vivendo uma fase que eu nomeei “pré burnout". Não cheguei a ter um burnout porque ouvi os sinais do meu corpo antes de dar ruim, mas estava me sentindo exausta e sobrecarregada.
Agora, olhando em retrospectiva, duas coisas ficam muito claras, que eu divido aqui pensando principalmente em quem está no olho do furacão; precisamos viver a sombra para então curtir a luz (e a vida é feita dessa eterna dança), e nunca podemos deixar de ouvir a nossa intuição - ela é a nossa melhor bússola.
Sabe aquela voz que está te falando que você precisa desacelerar um pouco? Hoje é o dia de ouvi-la para evitar um problema muito maior no futuro.
Com amor,
Paula
Laços por Domenico Starnone 📖
Falando em Kindle, prefiro ler livros impressos, mas levei o meu para a Colômbia para economizar quilos no mochilão. Fiz uma enquete no Instagram da NAZA antes de viajar, pedindo dicas de livros curtos e gostosos para ler em uma viagem de aventura. Recebi dezenas de recomendações, uma melhor que a outra.
Os que eu mais fiquei com vontade de ler foram: Risque esta palavra de Ana Martins Marques, Breve romance de sonho de Arthur Schnitzler, Vamos comprar um poeta de Afonso Cruz, Flores azuis de Carol Saavedra, O que ela sussurra de Noemi Jaffe, e Baixo esplendor de Marçal Aquino. Alguns dos meus livros favoritos como Sidarta de Herman Hesse, e A Uruguaia do Pedro Mairal, também estavam entre as dicas.
Acabei escolhendo ler Laços, de Domenico Starnone, cuja sinopse é:
Vanda e Aldo estão casados há mais de 50 anos, e seu casamento esteve sujeito a tensões e desgastes da rotina. Ao voltarem de uma semana de férias, eles encontram o apartamento revirado. Reorganizando seus papeis, Aldo se vê forçado a encarar lembranças dos anos em que abandonara Vanda e os filhos para viver com outra mulher. As fissuras causadas por esse trauma permanecem latentes. Com atmosfera napolitana, LAÇOS é uma narrativa honesta sobre relacionamentos, família e amor. Não há respostas fáceis - a esposa traída, a filha abandonada, o marido infiel, herois ou vilões - mas sim pessoas comuns, com seus complexos desejos e anseios.
Não sei se foi porque a edição era em português de Portugal rsrs, ou se é porque tenho tido dificuldades com a maioria dos livros que tenho lido ultimamente (tirando os do Murakami), mas não amei a obra. Mal comparando, li como uma versão reprimida da minissérie Cenas de um Casamento do Ingmar Bergman (que eu amei, como também gostei da nova adaptação de 2021). Gostei do plot twist no final, mas achei o retrato talvez um pouco superficial, tratando-se de um tema tão interessante e complexo como um casamento.
Fato NAZA: Há boatos de que o Starnone seria o marido da Elena Ferrante, e que Laços é a sua resposta ao livro Dias de abandono. Também já houveram insinuações de que seria ele mesmo o nome por trás do pseudônimo. Será? Adoro esse mistério.
Wiser Than Me with Julia Louis-Dreyfus 🎤
Todo mundo com quem eu cruzei nessa última semana, deve ter me ouvido falar do podcast Wiser Than Me. Peguei a dica na newsletter da
e maratonei todos os episódios nos últimos dias.A ideia é a seguinte; em cada episódio, a atriz Julia Louis-Dreyfus entrevista uma mulher mais velha do que ela, buscando conselhos que só a idade trás. A Julia é uma ótima entrevistadora, e sabe conduzir como ninguém cada conversa, inclusive com algumas entrevistadas bastante particulares como a Fran Lebowitz e a Diane Von Fustenberg.
Os episódios sempre começam com uma historia pessoal da Julia, e terminam com uma ligação dela para a sua mãe. Os meus favoritos foram com a atriz Jane Fonda, com a escritora Isabel Allende, e com a crítica gastronômica Ruth Reichl, que começou há pouco tempo a sua newsletter aqui no Substack.
Café com Caos 📧
Outra newsletter que eu amei essa semana foi a
. Em uma edição muito bonita e sensível, o texto da Maíra me fez refletir bastante sobre diversos temas, desde pensar em como eu me apresentaria para uma nova terapeuta (A maneira como escolho narrar se torna, portanto, mais importante do que aquilo que narro), até na arte que são os encontros. Adorei essa frase do Ramos Rosa, que ela citou: Um encontro é sempre um início de universo.Gabo & Street Food: América Latina 📺
Saí da Colômbia, mas a Colômbia não sai de mim. Assisti dois programas no Netflix que tem o país como pano de fundo; o primeiro é o documentário do Gabriel Garcia Marquez, e o segundo é o episódio de Street Foods of Latin America que se passa em Bogotá.
Adorei Gabo: A Criação de Gabriel Garcia Marquez, principalmente porque sempre fui muito fã do autor. Me lembro até hoje de quando li Cem Anos de Solidão na escola, e de como viajar para Macondo mudou a minha vida.
Com o documentário, pude conhecer um pouco melhor um dos meus escritores favoritos. Adorei ver como ele e o Fidel eram amigos, mesmo tendo visões politicas distintas (eles inclusive tiravam sarro um do outro por isso). Em um mundo cada vez mais polarizado, foi um alívio ver duas pessoas com ideologias divergentes convivendo bem. Também confesso que adorei o jeito sedutor do Gabo e, por supuesto, a sua forma de usar palavras. Ele deveria ser um perigo rsrs.
Visto Gabo, fui tentar dar uma nova chance para a culinária colombiana, assistindo o episódio de Street Food: América Latina que se passa em Bogotá. Admito que mesmo depois de ver todas aquelas comidas, não fiquei com vontade de comer quase nada rsrs, mas adorei conhecer melhor a historia de todas essas mulheres que trabalham com a culinária local. Já coloquei o Mercado da Perseverancia na lista para conhecer na minha próxima ida a Colômbia.
Quero maiZ: se por um lado o episódio de comida de rua de Bogotá não me deu agua na boca, o de Salvador deu muita. Fiquei com vontade de pegar um avião só para comer a moqueca da Dona Suzana no Ré-Restaurante.
Viaje com a NAZA 🚀
Falando em pegar avião, criamos uma nova categoria aqui no nosso Substack. A Viaje com a NAZA une a maioria dos nossos relatos de viagens, para destinos como Paris, NY, Serra da Capivara, Patagônia, Lençóis Maranhenses e Copenhagen. Enquanto não encontro o tempo para montar guias de viagem propriamente ditos (um sonho que um dia será realizado), essa nova sessão é uma tentativa de reunir em um lugar as nossas dicas de viagens.
Assim, agora temos 3 sessões aqui na nossa página:
NewZ da NAZA: newsletter semanal e gratuita com dicas variadas.
Agenda da NAZA: guia mensal de São Paulo, disponível para os nossos apoiadores.
Viaje com a NAZA: relatos de viagens, disponíveis para os nossos apoiadores.
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Aliás, gostaria de agradecer imensamente aos nossos apoiadores; graças a vocês, recebemos ontem essa mensagem do Substack 😀 É muito gratificante ver que o nosso trabalho está fazendo sentido para vocês. Muito obrigada!
Adoro ser citada aqui: selo de aprovação NAZA! Estou apaixonada pelo podcast da Julia. Acho a voz e a dicção dela fantásticas. Ela passa a impressão de estar 100% presente em cada conversa, aberta para comentários bem sinceros e fora do script. Uma delícia essa onda de admirar e dar espaço às mulheres mais velhas. Um dia chegaremos lá! Com sorte.
Viiiiiva vocês! A cada edição, curto mais e mais! ♥️