Você já reparou como algumas pessoas amam roxo? Tudo delas é roxo; a roupa, a casa, os acessórios...Já fui a um casamento em que absolutamente tudo era roxo, inclusive os trajes dos noivos (não era o casal Beckham, infelizmente).
Eu, que nunca gostei de roxo, sempre tive dificuldade em entender essa pira. Se fosse vermelho, amarelo, azul, eu até entenderia mas…roxo?
Eis que, alguns anos atrás, comprei um vestido violeta durante uma viagem. Depois veio uma bolsa, um sapato e assim foi indo até chegar nas muletas, que também são roxas. No Natal, quando notei que eu estava usando todos estes itens ao mesmo tempo, percebi que eu havia me tornado a pessoa que eu antes julgava.
Entre uma ressonância e um raio-x, busquei na internet “pessoas que amam roxo”. Me diverti lendo suposições como “a cor roxa é uma mistura da extravagância do vermelho com a tranquilidade do azul, representando equilíbrio” e “a pessoa de personalidade roxa (!) é bastante sensível, intuitiva e inspira os outros com a sua maneira criativa de pensar”. Observei que quase todas as respostas mencionavam intuição, criatividade e espiritualidade.
A cada ano que passa, acolho mais o meu lado esotérico e, paralelamente, o roxo tem estado cada vez mais presente no meu armário. Não sei se as duas coisas estão conectadas, mas fiquei feliz de realizar que não tenho mais as resistências que eu antes tinha, tanto em relação à cor, quanto ao misticismo. Como é bom amadurecer, mudar de ideia e abandonar as crenças que nos limitam né? Viva o roxo!
Com amor,
Paula
P.S. Estou namorando a ideia de organizar um workshop com uma pessoa muito especial, para falarmos sobre o que queremos manifestar para o novo ano. Se você tiver interesse em participar, mande um email aqui.
Luna Luna 🎡
O parque de diversões Luna Luna é uma das coisas mais mágicas que cruzaram o meu caminho recentemente, e a história por trás não poderia ser mais fascinante.
Em 1987, o visionário austríaco André Heller convidou artistas para desenharem atrações para um parque de diversões. O Keith Haring fez um carrossel, o Salvador Dalí criou uma sala com espelhos infinitos, o David Hockney desenhou uma árvore encantada, e o Jean-Michel Basquiat concebeu uma roda gigante. Assim, nasceu o primeiro parque de diversões que unia as brincadeiras de infância, com as ideias irreverentes dos movimentos vanguardistas da época.
O parque chegou a abrir em Hamburgo, mas fechou pouco tempo depois, fazendo com que seus brinquedos fossem parar em um depósito no Texas. As atrações ficaram guardadas durante mais de três décadas, até que o Luna Luna renasceu recentemente em Los Angeles, com a ajuda do cantor e produtor Drake.
Entrei no site, e adorei a lojinha com os produtos deles. Vi também que já é possível comprar ingressos para visitar o parque… Vamos nessa?
Quero maiZ: o começo do ano é um momento em que sonho ainda mais com os milhares de lugares que quero conhecer pelo mundo. Esta matéria da Timeout com as "24 Melhores Coisas para Fazer no Mundo em 2024” e esta aqui, que fala das tendências de viagens de bem-estar, me deixaram com vontade de fazer as malas.
Oração para Desaparecer de Socorro Acioli 📖
A minha última leitura de 2023 foi Oração para Desaparecer, livro que abraça o esotérico, começando pelo título. Lançado em novembro pela Companhia das Letras, o romance da escritora cearense Socorro Acioli conta a história de uma mulher brasileira que ressurge, sem nenhuma explicação, em Portugal.
Não é o livro mais bem escrito que já li, mas fiquei presa nele do início ao fim, tentando desvendar as pistas místicas espalhadas pelo enredo. Assim que terminei, dei de presente para todas as bruxinhas da minha família.
Quero maiZ: no final deste mês, a Socorro Acioli vai ministrar um curso em parceria com a Companhia das Letras. O Romance: Roteiro e Pratica de Escrita propõe uma análise prática das etapas de escrita de um romance, divididas entre os tópicos tema, narração e estrutura. As aulas serão expositivas, com apresentação de fotos, manuscritos e leitura de trechos dos dois livros analisados, Oração para Desparecer e A Cabeça do Santo, livro que Socorro desenvolveu em uma oficina da qual participou com o Gabriel García Márquez (!). Será nos dias 30 e 31 de janeiro e 01 e 02 de fevereiro, das 19h às 21h, via Zoom.
The Creative Act: A Way of Being por Rick Rubin ⌾
Sabe quando você olha para uma obra de arte e pensa que você mesmo a poderia ter feito? Isso nunca aconteceu comigo, porque eu não sirvo nem para desenhar um homem palito, mas foi essa a sensação que tive ao ler The Creative Act: A Way of Being.
Ao longo de 400 páginas, o lendário produtor musical Rick Rubin compartilhou dicas e insights a respeito do processo criativo, seja ele relacionado a música, arte ou qualquer outro meio artístico. Em vez de escrever um livro contando as fofocas dos bastidores dos estúdios de gravação - afinal, Rubin é um dos maiores produtores de música de todos os tempos - ele escolheu dedicar o seu primeiro trabalho solo ao processo de criação.
Se por um lado o conteúdo não me surpreendeu, por outro lado estou certa de que eu jamais conseguiria por em palavras como funciona um processo criativo, o que Rubin fez com maestria. Ele conseguiu falar de algo que é extremamente subjetivo e intuitivo, de uma forma didática e poética. Em uma das últimas frases do livro, ele cita o seguinte dizer do Charles Mingus: Making the simple complicated is commonplace; making the complicated simple, awesomely simple, that's creativity. Isto, o Rubin conseguiu fazer como ninguém.
Quero maiZ: vale ouvir este ou este podcast para conhecer melhor o Rick Rubin; ele é apaixonante. Neste post podemos espiar a sua casa em Malibu.
What’s in My Bag by Matt Mullenweg 🎒
Falando em gringos fora da caixa, conheci o empreendedor e programador Matt Mullenweg através deste episódio do podcast do Tim Ferriss. A cada ano, ele publica uma foto com todos os itens que ele levou em sua mochila, explicando a função de cada um. Gostei de ler a descrição dele de cada objeto, e de observar como o conteúdo das mochilas foi mudando ao longo dos anos. Esta é a foto de 2023:
E esta é a versão de 2014:
A Sociedade da Neve 🎬
Não sei nem o que falar sobre o filme A Sociedade da Neve, lançado há uma semana no Netflix. Mesmo conhecendo a história - eu já tinha lido o livro homônimo e assistido ao filme Vivos na adolescência - fiquei tensa do começo ao fim.
Para quem não sabe, o filme retrata o acidente aéreo sofrido pelo time de rúgbi uruguaio em 1972, levando os sobreviventes a ficarem meses isolados na cordilheira dos Andes. Não é o meu tipo de filme - prefiro algo que me deixe dormir a noite rsrs - mas a história é impressionante.
Quero maiZ: por falar em filmes, aconteceu no domingo passado o Golden Globes. Achei merecido o prêmio para a atriz Lily Gladstone, pela sua atuação no filme Assassinos da Lua das Flores, e para o diretor Hayao Miyazaki, que foi homenageado pela primeira vez em 82 anos (!), pelo filme O Menino e a Garça. Tambem gostei de ver Anatomia de Uma Queda ser reconhecido, junto com a série Beef. Ficou claro que preciso ver The Bear e Sucession urgentemente, e estou de olho na estreia de Pobres Criaturas, novo longa de Yorgos Lanthimos, o mesmo diretor de A Favorita e O Lagosta.
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Paula querida, cada vez mais gostosa a sua NewZ. Queria te contar que eu amo roxo! Roxo com vermelho, com verde, com amarelo. E embora sem muletas, operei o pé estou claudicante neste janeiro tb. Bjo