Eu gosto muito das crônicas da Martha Medeiros. Ela escreve com amor, sem ser piegas. Olha que lindo o começo do texto Felicidade, uma visita guiada, que ela escreveu recentemente para a revista Ela:
Para alguns, felicidade é uma rápida trégua entre uma tempestade e outra. Não discordo totalmente, mas sou mais otimista: acredito que é possível sentir um bem-estar pleno e constante, desde que se entenda que medos, incertezas e dores são comuns até quando a gente está bem.
Na minha última sessão de análise, falei sobre uma sensação incômoda, e a minha terapeuta me disse algo nessa mesma linha: você está bem Paula, e cabe dentro disso ter momentos de inquietação. Fez sentido.
Devo esse “estar bem” a várias coisas. Mas, talvez a principal delas seja que a cada dia que passa, abraço mais as minhas vulnerabilidades. Pode parecer paradoxal, mas quanto mais imperfeita eu me percebo e me coloco para o mundo, melhor eu me sinto. Até porque, pegando emprestado um outro trecho do texto da Martha:
Dá muito trabalho querer ser visto como alguém extraordinário. Para quê? Nem lembramos quem ganhou o Oscar ano passado. Somos fundamentalmente importantes para 8 ou 10 pessoas: é triunfo suficiente.
Com amor,
Paula
P.S. Tem tanta sabedoria nesse texto da Martha, que resolvi dividir aqui algumas frases, antes de começar o nosso guia cultural de São Paulo. A programação começa logo após a lista, e está disponível para os nossos queridos apoiadores, para fecharmos o ano com chave de ouro. Aliás, sabia que você pode presentear alguém com uma assinatura da nossa newsletter? É só clicar nesse botão.
A história de cada um é sua própria obra de arte. Posses, amores e viagens a valorizam, mas ser gentil basta.
Seja verdadeiro e nunca será desmascarado.
Lembre-se: paz não significa ausência de conflito, e sim estar em meio ao conflito sem perder a calma.
Não lute contra sua energia vital, é um desgaste inútil.
Tenha coragem — nunca vi um covarde satisfeito.
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